sexta-feira, setembro 05, 2008



A Estrada - Cormac McCarthy




Este foi o primeiro livro que li de C. McCarthy e deixou-me confusa quanto à simples opinião do gostar ou não gostar.
A história é excelente. A forma como é contada é um tanto aborrecida.
EUA. Um pai e um filho. A quase total aniquilação de tudo o que é vivo. Só a esperança de que o dia de amanhã vai chegar.
O autor não revela o que aconteceu para estarmos num mundo sem sol, sem animais, sem plantas, com o mar, a chuva e a neve cinzentos, com pessoas (poucas) famintas ao ponto do canibalismo. E um pai e um filho caminham ao longo da estrada, esforçando-se para fazerem parte "dos bons", dos que não comem outras pessoas, dos que passam fome durante dias até encontrarem uma casa abandonada (como todas) com comida enlatada de validade duvidosa.
A inocência da criança que contrasta com o mundo que é descrito. E a coragem do pai, coragem para querer viver, quando nada faz sentido, nada existe que dê vontade de viver. A não ser, o pai, e o filho.
"Este é o meu filho, disse. Lavo-lhe o cabelo, sujo com os miolos de um morto. É a tarefa que me cabe."
Durante todo o livro é comovente a ligação entre estes dois. Daí que quando no fim do livro um deles morre e o outro continua, desvaloriza essa ligação.
Se conforme a Ssachy escreveu, esta história for para o grande ecrã, espero que seja bastante adaptada, dado que não há propriamente muita acção. Fico a aguardar.

1 comentário:

Noname disse...

Bem, não houve grande dificuldade em adaptar o outro livro de McCarthy para o grande ecrã ("Este País Não É Para Velhos"...