sexta-feira, maio 26, 2006

76ª Feira do Livro

Estão aí as duas principais feiras do livro do país - de Lisboa e do Porto.

Feira do Livro de Lisboa

Parque Eduardo VII - Pç. Marquês de Pombal
De 25-05-2006 a 13-06-2006

Horário:
Abertura - Segunda a Sexta às 16h00. Sábado, Domingo e feriados às 15h00. No dia 1 de Junho (quinta-feira, Dia Mundial da Criança), às 10h.
Encerramento - Segunda, Terça, Quarta, Quinta e Domingo às 23h00. Sexta e Sábado às 24h00. Véspera de Feriado e último dia de Feira às 24h.

Feira do Livro do Porto

Pavilhão Rosa Mota - R. D. Manuel II - Edifício Palácio de Cristal
De 24-05-2006 a 11-06-2006

Horário:
Abertura - Segunda a Sexta às 16h00. Sábado, Domingo e feriados às 16h00. No dia 1 de Junho (quinta-feira, Dia Mundial da Criança), às 10h.
Encerramento - Segunda, Terça, Quarta, Quinta e Domingo às 23h00. Sexta e Sábado às 24h00. Véspera de Feriado e último dia de Feira às 24h.

Mais informações no site da apel.

domingo, maio 14, 2006



"Bilhete de Identidade - Memórias 1943-1976" Maria Filomena Mónica- Aletheia Editores

Será "Bilhete de Identidade" um acto de coragem pelo facto de Maria Filomena Mónica desnudar a sua vida privada ou um exercício egocêntrico? Não gosto em especial desta autora (talvez a conheça pouco), mas algumas das crónicas escritas por ela no Jornal Público foram-me insuportáveis, devido ao seu estilo arrogante incapaz de se colocar na perspectiva do Outro. Esta postura perpassa igualmente no livro pela forma com ajuíza os acontecimentos da história de sua vida. Este tipo de individualismo só é possível nos diversos contextos em que Maria Filomena Mónica se moveu, contextos esses muitos homogéneos, sendo que as escolhas pessoais (mesmo em acontecimentos supostamente mais dramáticos) provavelmente não seriam viáveis fora dos mesmos. Por isso o seu espírito de independência, de não alinhamento e a procura de vias não conformistas surgem na minha opinião relativizados. Entramos no conhecimento das famílias da alta burguesia, nas pequenas histórias familiares decorridas ao longo do estado novo, nos seus modelos acríticos e castradores de educação e formação e posteriormente no modo como se forjou o seu pensamento na rigorosa mas livre universidade de Oxford e que vem a orientar posteriormente a sua intervenção intelectual.

É um livro de memórias escrito de forma racionalista e que li com agrado, porque remete para personalidades conhecidas e sempre permite algum voyerismo. Contudo, o livro não merece a publicidade que lhe foi feita.

Posted by Kiwi