sábado, agosto 20, 2011




A Ilha de Sukkan

David Vann

O apelo de livros convenientes para o Verão levaram-me a este livro, entusiasmando-me mais a incursão a fazer pelo Alasca do que o retrato psicológico da principal personagem que vai ficar isolado numa ilha inóspita com o filho de 13 anos, ou mesmo o facto de ter sido distinguido em França pelo melhor filme estrangeiro. As personagens libertas da pressão do mundo civilizado, vão testar os seus limites, não pelas necessidades de sobrevivência material que têm de suprir, mas pelos terrenos de intimidade a que ficam obrigadas, provocando uma ambiência claustrofóbica. A história vai transformando-se num pesadelo e acaba em tragédia. O pai é uma personagem egoisticamente irritante, nada está bem com ele, é pueril, chora à noite ao lado do filho lamentando-se dos erros cometidos, pelo que é difícil nos desligar-mos da sorte desta criança. Não encontrei grande significado na história, apesar de ter sabido posteriormente que foi inspirada numa tragédia pessoal do pai do autor. O que gostei mais foi a forma como foi trabalhada a natureza, mas em conclusão não ganhei muito com este livro.

Sem comentários: