terça-feira, janeiro 11, 2011






O RETRATO DE DORIAN GRAY
Oscar Wilde


Esta obra de forte cariz estético desafia a moral da época – uma Inglaterra Vitoriana, tendo Óscar Wilde explorado teatralmente os limites e se colocado como o criador do movimento - esteticismo ou dandaísmo. Mas o mais sublime no romance é o debate de ideias e de atitudes, através da experimentação do diálogo dialéctico entre as personagens num cenário condimentado pela intriga e pelo crime. É ainda um constante elogio à arte, á pintura, ao teatro e à música.
Conta a história de Dorian Gray, um jovem Adónis que serve de modelo ao pintor Basil Hallward e por quem este se apaixona e da sua relação com Lord Henry, um aristocrata cínico e hedonista que seduz Dorian para a sua visão do mundo. Priorizando a arte e a juventude como valores essenciais, tudo é permitido em nome da beleza e do hedonismo dos sentidos, não havendo lugar para doutrinas úteis, morais e realistas. Mas como beleza, que é uma forma de génio é efémera, Dorian vai dar a sua alma ao diabo. Sendo um romance de época, deliciei-me em especial com a forma adorável como as três personagens masculinas se tratam, só mesmo sendo britânicos!

Kivi

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